Em ato, colegas de jovem morta pedem paz, justiça e segurança

Estudantes e professores pediram paz e justiça (Foto: Veriana Ribeiro/G1)
Amigos, professores e colegas de Luana Souza de Freitas, a jovem morta aos 15 anos com um tirono tórax durante uma tentativa de assalto, na madrugada de quinta-feira (28), pediram por 'paz', 'justiça' e 'segurança' durante uma passeata realizada nesta sexta-feira (29). Eles saíram da escola estadual Dr. João Batista Aguiar, onde a adolescente fazia o 1° ano do Ensino Médio, e caminharam por ruas do bairro Manoel Julião e Conquista.
Colega de classe de Luana, a estudante Sara Emília da Silva afirma que o protesto é por um mundo menos violento para os jovens. "Para mostrar que queremos paz, porque isso poderia ter acontecido com qualquer um de nós", afirma.
Ágnatta (à esquerda) e Sara (à direita), amigas de estudante que faleceu (Foto: Veriana Ribeiro/G1)
A estudante Agnatta Emilly Mendes, de 15 anos, conta que a iniciativa partiu dos alunos, que queriam homenagear Luana. "A gente teve a ideia de fazer um protesto, mas como a direção se adiantou foi até melhor. Com o apoio da escola a gente conseguiu organizar", disse.
As duas lembram dos últimos momentos com Luana. "Na noite de quarta feira (27), ela me abraçou e disse que me amava", recorda Agnatta. Para Sara, a jovem era muito carinhosa. "No último dia que a gente teve aula com ela, a Luana perguntou para todo mundo quem amava ela", relembra. 
A professora de Biologia, Marineide Adativa, mais conhecida como Maninha, afirma que foi vendo a revolta dos estudantes pela morte da adolescente que os professores decidiram se unir para ajudar a realizar a passeata.  "Os professores ficaram muito chocados, todos os turnos estão mobilizados. Até aqueles que não conviviam com a Luana. Tem uns estudantes que estão revoltados, a gente não teve aula, foi só para montar a passeata e conscientizá-los que não adianta querer justiça através da violência", afirma.
Colegas e professores realizaram a passeata em homenagem a estudante que morreu (Foto: Veriana Ribeiro/G1)
Para a professora Rosemira Oliveira, responsável pelo projeto de leitura da escola, do qual Luana participava e eventualmente coordenava, a comunidade escolar precisa se reunir em momento de luto como esse. "Nós, como comunidade escolar, temos uma grande força para ajudar a comunidade em que ela vivia, não podemos ficar de braços cruzados esperando as coisas acontecerem, porque já perdemos outros alunos para a violência", afirma. 
fonte g1