Acre não atinge meta de vacinação contra poliomelite e sarampo

Mesmo após ser prorrogada, a Campanha Nacional de Vacinação no Acre não atingiu a meta que era imunizar 69 mil crianças contra poliomielite e 61 mil contra sarampo. Segundo a enfermeira da Equipe Técnica do Programa Nacional de Imunização (PNI), Núbia Moreira, até o momento, foram vacinadas contra poliomielite 45 mil crianças, 61% do público alvo e ao menos 35 mil foram imunizadas contra sarampo, o que corresponde a 54%
A meta infelizmente não foi alcançada. Nós estamos aguardando a Coordenação Nacional de Imunização confirmar uma nova prorrogação. Essa resposta deve sair na segunda-feira [15]. Mas, as vacinas continuam sendo disponibilizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios", conta a enfermeira.
De acordo com Núbia, para que seja possível uma garantia em relação às doenças, as duas vacinas precisam alcançar 95% do público alvo. A enfermeira diz ainda que Rio Branco registrou até o momento mais de  20 mil crianças vacinadas contra a poliomielite, esse número corresponde a 73%. Já a cobertura vacinal contra o sarampo está em 62% do público alvo, o que equivale a mais de 15 mil crianças vacinadas.
"Acredito que mesmo que nós consigamos prorrogar ainda mais a campanha, não iremos alcançar a meta de vacinar 95% do público alvo. Alguns municípios talvez até consigam, mas existem aqueles que estão com 26% de cobertura, que dificilmente vão alcançar. Até porque estamos no final do ano, as pessoas estão de férias, algumas vão viajar, além disso, estamos em uma época invernosa onde dificilmente vamos conseguir entrar nas áreas rurais. Então, têm algumas peculiaridades que vão dificultar o alcance dessa cobertura", explica a enfermeira.
Núbia diz que é complicado entender o motivo pelo qual a meta da campanha de vacinação não foi atingida. "É complicado, mas acredito que seja acomodação por parte dos responsáveis pelas crianças. Os pais ainda não estão cientes do perigo que é deixar de vacinar seus filhos, por isso, acredito que estão na zona de conforto", afirma.
Ainda de acordo com Núbia, como os casos de poliomielite não são registrados há quase 20 anos no Brasil, os brasileiros estão confortáveis com essa situação e acabam esquecendo que a qualquer momento o vírus pode voltar a circular no país. A enfermeira destaca ainda que as campanhas têm o objetivo de continuar garantindo altos índices de cobertura vacinal e, com isso, evitar a reintrodução do vírus.
fonte g1