Instituo Feijó quer redução do salário de vereadores, prefeito e secretários municipais

 O presidente do Instituto Feijó, Antonio Jarbas, iniciou esta semana uma luta no mínimo polemica. Ele disse que vai entrar com um projeto de lei na câmara de vereadores pedindo a redução de salário do executivo e legislativo feijoense. A idéia vem de um movimento nacional que ele encabeça no município acreano.
Segundo o presidente da instituição não governamental e sem fins lucrativos, por conseqüência da crise financeira vivida no país se fazem necessárias medidas que venha minimizar a situação da sociedade. Para ele, os políticos devem ser os primeiros a cortar a própria carne nessa situação.
Em Feijó o prefeito tem um salário de R$: 11 mil reais e Jarbas quer que seja reduzido para R$: 7 mil. O vice prefeito que ganha cerca de R$: 6 mil, Jarbas propõe a redução para cerca de R$: 3,5 mil. O vereador em Feijó tem um salário bruto e R$: 3.900,00, a proposta é reduzir o valor para R$: 2,5 mil.
A folha de pagamento, com a câmara hoje chega a mais de R$ 52 mil reais por mês. Com a nossa proposta a folha cairia para R$: 33 mil. Se conseguirmos reduzir todos os salários de prefeito, vice, vereadores e secretários, teria uma economia de mais de R$: 3 milhões durante quatro anos de mandatos. Esse dinheiro poderia ser investido em saúde educação e outras áreas sociais”, comentou Antonio Jarbas.
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Para apresentar o projeto na câmara de vereadores o presidente do Instituto Feijó terá que colher no mínimo 800 assinaturas junto à população. Ele já iniciou o abaixo assinado, para em seguida entrar com o projeto junto à mesa diretora.
O assunto caiu como uma bomba no legislativo. O presidente da Mesa Diretora vereador Cláudio Eugenio disse que isso é inadmissível.
O que hoje está sendo gasto pela câmara é constitucional então pra mudar teria que ser de Brasília para Feijó e não ao contrario como quer o Jarbas, eu adianto aqui que se houver empate nos votos e vou me posicionar contra esse projeto” comentou.
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O líder do prefeito na casa vereador Mauro Deferson, também disse que esse assunto está fora de nexo. Ele comentou que o presidente do instituto não procurou os vereadores para uma conversa e já lançou a idéia para a sociedade.
O Jarbas está falando em economia só que ele não atenta que o duodécimo da câmara que soma 7% do que o município arrecada é recurso previsto em Lei e o recurso tem que vir para o legislativo. Diminuindo o salário do vereador essa verba terá que ser investida em outra coisa, como assessor para o vereador, verba indenizatória, etc. O dinheiro repassado para a câmara tem sue ser gasto pela câmara. Na verdade não tem nada de economia nisso”, disse Mauro.
Outro assunto abordado pelo Vereador foi no sentido de que se houver redução no salário do prefeito vai complicar a situação da saúde municipal. É que na esfera municipal o teto salarial máximo é o do chefe do executivo. Atualmente em Feijó, um médico tem salário equiparado ao do prefeito. A grande maioria dos vereadores acredita que nenhum medico vai querer trabalhar em Feijó de houver a redução de salário quase pela metade.
Jarbas e o pessoal dele, na ânsia de se mostrar pra sociedade propõe a redução do salário do executivo para R$ 7 mil. Na proporção em que for reduzido o salário do prefeito, automaticamente tem que ser reduzido o salário do medico. Hoje em dia com o salário de R$: 11 mil é a maior dificuldade para conseguirmos um medico para Feijó. Me diga se existem algum médico que vai querer vir para o interior do Acre, para um município que enfrenta todas as dificuldades, esse profissional vir a ganhar R$: 7 mil enquanto que em qualquer outra cidade melhor de se viver, ele pode ganhar muito mais que isso?”, interroga Mauro Deferson.
Conversamos ainda com os vereadores, José Quinor, Manoel Leitão, Vereadora Matilde e Francisco Severiano. Todos falam a mesma língua quando o assunto é a redução de salários. Eles disseram ser contra à idéia e se o projeto for enviado para a câmara eles votarão contrário.
Jarbas comentou que até o momento, somente o vereador “Cabeludo”, se posicionou favorável ao projeto.
fonte   www.correiodoacre.com