O menino Moisés tem apenas dois meses de idade e nasceu com Hidrocefalia, doença conhecida como água na cabeça.
A vereadora disse à nossa reportagem que o diretor havia prometido enviar a criança com sua mãe para ser atendida em Rio Branco, por se tratar de um caso especial e não cumpriu com o prometido. Segundo a vereadora o diretor abandonou a mulher com seu filho e só no dia seguinte enviou o paciente para Cruzeiro do Sul na viatura do Samu. Matilde comentou que foi ao hospital e procurou o diretor para resolver o impasse e ele se esquivou.
“Encontrei, por acaso, essa mulher na rua em desespero dizendo que tinha ido ao Ministério Público em busca de resolver a situação de seu filho. Liguei para Arnaldo e ele me respondeu que a mulher estava foragida. Peguei ela e levei ao hospital para resolver o problema e chegando lá não estava nem Arnaldo nem ninguém, de repente apareceu a policia e o conselho tutelar que ele tinha mandado chamar dizendo que a mãe tinha fugido”, informou Matilde.
A vereadora comentou ainda que ao invés de resolver o problema, o diretor tentou se livrar do caso.
“Eu entendi que o diretor do hospital quis se livrar do caso com medo de essa criança ir a óbito dentro do hospital e a situação dele complicar. Eu vou mandar essa criança para Cruzeiro do Sul e lá se o medico quiser enviar ela para Rio Branco que envie. Mas que eu me livrei do problema, me livrei. Fica aqui meu repudio ao diretor do hospital geral de Feijó por causa desta situação”, completou a vereadora.
Depois de ouvirmos a vereador Matilde, procuramos Arnaldo Carolino, diretor do Hospital. Ele disse que o hospital teve todos os cuidados devidos e foram feitas três regulações para só depois enviar a criança para Cruzeiro do Sul.
“Não houve abandono nenhum como ela me citou dizendo que eu queria me livrar do problema. Isso é um ato muito perigoso. Não sou eu quem tenho que dizer se a criança deveria pegar o avião ou viajar de SAMU. Isso é papel dos médicos que entendem a situação da criança e sabem qualquer a melhor maneira para ela viajar”, disse Arnaldo.
Segundo ele, ao dizer que houve irresponsabilidade, a vereadora não atingiu apenas ele, mas também toda a equipe de saúde, o secretario de saúde e o próprio governador do estado. Arnaldo disse que está tranqüilo quanto ao ocorrido e que a vereadora causou um barraco ao invés de orientar a mulher a embarcar no SAMU.
“Ela deveria ter orientado a mulher a voltar em embarcar no SAMU, mas ao contrario ela foi pra frente da viatura não deixando a mulher embarcar na ambulância. Isso eu acho um barraco. Ela foi pra lá pra dizer que a mulher não ia de SAMU e sim de avião e não sou eu que vou intervir na conduta médica. é inadmissível ela vim acusar de várias coisas, fala quem quer depois responde quem pode”, finalizou Arnaldo.
Com essa afirmação do diretor do hospital se subentende que o assunto pode se tornar caso de justiça e muita polemica ainda pode se desenrolar a partir deste fato.
fonte www.correiodoacre.com.br
