Após declarações de Jorge Viana, família Cameli ameaça abrir a caixa preta da BR-364

Após declarações do senador Jorge Viana em um site no Juruá, supondo que a família Cameli está envolvida em suposto desvio de recursos nas obras da BR 364, a família ameaça abrir a Caixa Preta das obras da BR 364 e revelar detalhes, inclusive, conversas feitas nos canteiros de obras. “Até dinheiro do CIDE o governo utilizou, entre 5 a 6 milhões mensais, com a desculpa de manter a BR aberta de inverno a verão” disse um dos empresários da família.
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“Causa estranheza as perguntas do senador Jorge Viana em entrevista ao site Juruá em Tempo, a respeito das obras da BR-364, insinuando e questionando acerca de possíveis roubos na rodovia quando essas indagações não somente devem ser feitas, mas respondidas por ele mesmo e por várias outras empreiteiras como a Construmil, JM, Fidens e Canter, já que os primeiros contratos com as empresas do ramo de construção da família Cameli foram feitas no seu governo” disse o senador Gladson Cameli em resposta a declarações do senador Jorge Viana em entrevista a um site no Juruá.

PARA ENTENDER O CASO:Em uma entrevista estilo pingue e pongue concedida pelo senador Jorge Viana (PT-AC) ao site Juruá em Tempo, no Juruá, no último dia 18, o petista fez questionamentos sobre as empresas da família Cameli que trabalharam na rodovia.
“O Orleir é culpado? O pai do Gladson é culpado? Como podem nos acusar? Foram eles que ganharam a licitação. Eles roubaram? Ganharam licitação com o governo Binho. Agora com o Tião. Eles executaram. Eles desviaram então?” questionou o senador petista.
As declarações do senador Jorge Viana caíram como uma bomba no seio da família Cameli que através de nota e do senador Gladson Cameli (PP-AC) se manifestou sobre os questionamentos
O senador sugeriu ao ex-governador e à todos que acusam sua família direta ou indiretamente que se dirijam a Polícia Federal e ao Ministério Público Federal onde há uma série de denúncias envolvendo o Departamento Estadual de Estrada e Rodagem (Deracre) sobre os desmandos das administrações petistas.
Se aprofundando ao caso, Cameli afirma que as suspeitas de crimes não se restringem somente ao ramo de infraestrutura, mas também de saúde, educação e outras áreas da esfera estadual.
“Não cabe a família Cameli, ao meu tio que até morto está, responder pela falta de competência e responsabilidade do governo do PT. É importante que o senador Jorge Viana não confunda licitação/contrato público com desvios de recursos”, disse o senador progressista.
Empresários ligados à família falaram na manhã de hoje (20) que estão dispostos a depor na CPI da BR 364 que pode ser criada na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) e revelar detalhes sobre os recursos que foram utilizados para manutenção da rodovia. Um recado foi dado:
“É estranho o ex-governador Jorge Viana esquecer os nome das empresas que o PT trouxe de fora para trabalharem na BR e reforçar questionamentos apenas sobre as empresas do grupo Cameli. Por que ele não detalha esse assunto contextualizando os sistemas e as ordens do seu governo e os demais governos petistas junto ao Deracre para projeção e execução dessas obras?”, pergunta Gladson com base em informações e documentos que recebeu dos empresários da família.
Ainda de acordo o empresário que abasteceu o senador de informações e documentos, algumas reparações e falhas não foram de competência das empresas, mas de projeto do Deracre. Ele detalha que “em alguns trechos foram abertos buracos que deveriam receber massa alfáltica em no máximo 72 horas, mas ficaram três meses abertos. É importante que as pessoas saibam que o governo do estado, através do Deracre, é quem contrata projetistas e que as empreiteiras apenas executam a obra baseada num projeto que vem pronto” disse o empresário.
Segundo o senador Gladson Cameli, nessa época, o governo utilizou recursos tributários da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE), entre 5 a 6 milhões mensais, com a desculpa de manter a BR aberta de inverno a verão.
“Tudo isso era feito por conta e risco do Deracre. E quem era o governador? Era o Orleir? Era o meu pai? Eram as outras construtoras? Não! Era o seu Jorge Viana, seu Binho Marques, seu Tião Viana. Nós temos provas testemunhais e documentais sobre tudo isso”, garantiu o senador.
De acordo com Gladson, em 1995, quando governador, Orleir Cameli iniciou a longa batalha de construção dos trechos da BR-364 entre Rio Branco/Sena Madureira; Rio Branco/Brasileia e Tarauacá/Cruzeiro do Sul, “o Acre inteiro testemunhou as perseguições que Orleir e nossa família sofreram. Mas, com determinação, coragem e o apoio do povo e da justiça, as obras foram executadas. Em 1998, Orleir deixa o governo e retoma seus trabalhos nas empresas da família, como qualquer empresário comum, inclusive investindo todo seu patrimônio em geração de emprego e renda dentro do próprio estado”, enfatiza o senador progressista.
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Deracre alterou projetos da
BR-364 por conta e risco

Para o parlamentar, quando Jorge Viana afirma que um dos trechos de responsabilidade das construtoras de Orleir entre Tarauacá e Cruzeiro do Sul teve que ser refeito cinco vezes, ele falta com a verdade. Segundo Gladson, os trechos questionados pelo ex-governador petista começaram a ser entregues para as construtoras na transição do governo de Jorge Viana para o governador Binho Marques. Após a conclusão dos serviços, entre 2008 e 2010, a engenheira Anísia foi designada pelo então diretor-geral do Deracre, Marcus Alexandre, para revisar a manutenção e correção dos trechos pós-obra, já que o governo do estado tinha a intenção de entregar os trechos para o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT).
Orleir alertou sobre equívocos do DeracreSobre a comparação que o ex-governador fez das obras do aeroporto de Cruzeiro do Sul com as obras da BR-364, Gladson Cameli afirma que se ele tivesse compromisso e responsabilidade teria trabalhado o projeto da BR nos moldes do aeroporto de Cruzeiro do Sul.
“Esse projeto da BR-364 feito pelo PT foi várias vezes questionado por Orleir Cameli, inclusive numa vez que o engenheiro Fernando Moutinho, diretor-técnico do Deracre, na época em que Marcus Alexandre era o diretor-geral, pernoitou no canteiro de obras, na fazenda do Gregório. Orleir disse várias vezes que a equipe do Deracre deveria readequar o projeto da rodovia, caso contrário não resistiria ao tempo”, lembra o senador.
Gladson explica que o governo do estado é responsável pela contratação de um projetista e que as construtoras apenas executam a obra. Ainda de acordo Cameli, o DNIT era responsável pela fiscalização e revisão da obra executada e que o Deracre contrata uma empresa de fiscalização e revisão através de licitação. No caso dos quatro lotes, a empresa Lenq, de São Paulo, foi a contratada na época pelo governo do estado.
A verdade é que as construtoras trabalham com os olhos do governo em cima dela, e elas não têm autonomia para alterar projetos, fazer aditivos, contratar empresa A ou B. Os governos petistas fizeram uma salada de fruta nas obras da BR, nenhum trecho do Deracre é uniforme, pois foram todos alterados, e os projetistas devem estar aguardando a hora de explicar porque isso aconteceu e quem autorizou tantas distorções por sua conta e risco”, afirma.
Concluindo, o senador cruzeirense ressalta a qualidade das obras das empresas da família Cameli, lembrando que o trecho de 70 quilômetros entre o rio Liberdade e o município de Rodrigues Alves, executado entre 2009/2010, está intacto até os dias de hoje.
“A única coisa que peço é que respeitem o nome do meu tio e da minha família, que tanto foram perseguidos por essas pessoas e continuam sendo até os dias de hoje. Meu pai e meus tios sabem o valor do trabalho diário, das noites em claro e da dignidade que cada pessoa e família teem direito. Não foram meus familiares que enricaram após assumir o poder do governo do Acre, e o PT e seus asseclas sabem disso”, finalizou Gladson Cameli.
fonte  www.ac24horas.com

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